De Portugal à Guiné-Bissau: União Europeia envia equipamento médico

    22 Julho, 2020 José Ricardo Sousa 998 Sem comentários

    No dia 23 de julho, sai de Lisboa o primeiro dos quatro voos da ponte aérea humanitária da União Europeia organizados por Portugal com destino a Bissau, levando a bordo equipamento e material médico. A carga inclui medicamentos, bem como equipamento de laboratório e equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde, que ajudarão a garantir o acesso da população aos cuidados de saúde, no contexto da pandemia de coronavírus.

    A Comissão Europeia criou uma Ponte Aérea Humanitária da UE para o transporte de recursos e bens essenciais para ajudar a combater o coronavírus em algumas das zonas mais críticas do mundo afetadas por limitações de transporte. A Guiné-Bissau registou o maior número de casos confirmados por 100 000 habitantes na África Ocidental. Num esforço conjunto com Portugal, a União Europeia está a disponibilizar um total de 45 toneladas de equipamento para apoiar a resposta nacional da Guiné-Bissau ao coronavírus. O equipamento, enviado por várias instituições portuguesas e organizações internacionais, irá ajudar uma série de unidades de saúde na Guiné-Bissau, nas ações de prevenção e controlo do coronavírus. Outro material médico destina-se a apoiar a luta contra outras epidemias, como a malária e a tuberculose.

    Janez Lenarčič, comissário europeu da Gestão de Crises «A UE ativou os seus voos de ajuda humanitária para contribuir com um apoio ao sistema de saúde da Guiné-Bissau neste momento crítico. O equipamento médico transportado é urgentemente necessário, nomeadamente para que os profissionais de saúde que estão na linha da frente possam dispor dos equipamentos de proteção individual de que necessitam. Por este motivo, a UE dá uma importância máxima a estes voos, no sentido de garantir que são operados com a maior brevidade possível, a fim de assegurar uma entrega em tempo útil»

     

    Contexto

    A resposta mundial ao coronavírus da UE segue a abordagem da Equipa Europa (#TeamEurope), recolhendo as contribuições de todas as instituições da UE e combinando os recursos mobilizados pelos Estados-Membros e pelas instituições financeiras da UE para fazer face às consequências humanitárias, sanitárias e outras da pandemia de COVID-19.

    A pandemia de coronavírus trouxe enormes desafios logísticos para a entrega de assistência vital, quer se trate de ajuda humanitária quer de material e equipamento médico. Desde o início de maio, mais de 30 voos de ajuda humanitária da UE, transportando mais de 650 toneladas de carga, foram operados para zonas críticas, em que as restrições aos transportes arriscavam aumentar as necessidades humanitárias ou gerar uma falta de material médico. Os voos da ponte aérea humanitária da UE são inteiramente financiados pela União Europeia. São operados em coordenação com os Estados-Membros e as organizações que enviam material, e em cooperação com o país de destino.

    Funcionamento da Ponte Aérea Humanitária da UE

    Tratando-se de um esforço conjunto da Comissão e dos Estados-Membros, a Comissão financia os voos dos Estados-Membros de e para os destinos propostos, sempre que possível combinados com os voos de repatriamento em curso, nos quais viajarão também trabalhadores humanitários no âmbito da rotação de equipas.

    O dispositivo está à disposição do pessoal humanitário e de cooperação das administrações nacionais, das ONG e das agências da ONU.

    A Comissão financia 100 % dos custos de transporte, enquanto os parceiros da UE são responsáveis pela aquisição do material humanitário.

    Proteção civil e ajuda humanitária da UE

    A União Europeia e os seus Estados-Membros são o principal doador mundial de ajuda humanitária. Através da sua Direção-Geral da Proteção Civil e das Operações de Ajuda Humanitária Europeias, a ajuda de emergência é uma expressão da solidariedade europeia para com as pessoas em todo o mundo. Tem por objetivo salvar vidas, prevenir e aliviar o sofrimento humano e salvaguardar a integridade e a dignidade humana das populações afetadas por catástrofes naturais ou crises de origem humana.

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